quarta-feira, 8 de março de 2017

PE na Lixa Especial Skate Feminino.

 


Lisa Florencio – 17 anos de idade e três e meio de skate

P&P - Quando, onde e como foi seu primeiro contato com skate ? 
Lysa - Em 2013, eu e uma amiga pegamos emprestado o skate de um primo dela, ele não usava muito e deixou o skate com a gente por um tempo, então começamos a andar aqui no nosso bairro, revezando o mesmo skate e cada uma andando um pouco.                                        
                                                    (Foto: Ellyn Farias)

P&P -  Como foi a reação dos seus pais quando lhe viram saindo de casa com o skate?
Lysa - No começo minha mãe não gostou muito da ideia, apesar de ter sido ela quem me ajudou a comprar o meu primeiro skate. A gente brigou muito para que eu continuasse a andar, mas com o tempo ela foi ficando de boa e hoje em dia ela me apoia sempre.

P&P – Ainda existe muito preconceito contras as meninas dentro do universo do skate? 
Lysa – Sempre tem um ou outro que critica o rolê de qualquer menina, fala que é fraco, que não evolui. Mas, quando eu comecei a andar, recebi mais apoio do que esse tipo de preconceito, a galera sempre tentava me incentivar e me ajudar com manobras novas.

P&P - Nome forte do Skate Feminino?
Lysa - Pamela Rosa... Ela tem um rolê muito forte e mesmo sendo nova, já tá andando muito e correndo com as minas das antigas nos campeonatos.
 


P&P - Como está à cena do skate feminino em Caruaru? 
Lysa – Está cada vez crescendo mais, antigamente eram poucas meninas representando o skate feminino daqui. Mas ultimamente estão aparecendo muitas meninas instigadas, que andam quase todo dia e que estão se garantindo com um rolê massa.
 


P&P -  Se pudesse mudar algo no skate feminino daqui do nosso estado, o que mudaria ?
Lysa - Mudaria o modo como algumas meninas veem os campeonatos, algumas preferem não participar por medo de passar vergonha, mas todo campeonato é só mais um meio de incentivar elas a evoluírem, além de mostrar um pouco do rolê delas, por isso, é sempre bom participar.
 


 Fernanda Landim – 26 anos de idade e mais ou menos três anos de skate.

P&P - Quando, onde e como foi seu primeiro contato com skate? 
Nanda – Eu sempre gostei de ler sobre isso, de ver vídeos e manobras de todas as modalidades, até por causa das bandas que escutei durante a minha adolescência, e escuto até hoje. Tive o meu primeiro contato com o skateboard MESMO há pelo menos três anos, quando comprei um mini-cruiser na Centauro. Até aí só fazia passeiozinho (cruinsing). Só comecei a andar em skatepark e aprender manobras depois que comprei o meu skate atual, e saí trocando peças e experimentando configurações. 
 



P&P -  Como foi a reação dos seus pais quando lhe viram saindo de casa com o skate? 
Nanda - A principio acharam que era besteira, só para passeio mesmo. Até que eu comecei a acordar cedo, todos os fins de semana e feriados, para ir andar na pista do Parque Santana, hahaha. Aí eles viram que eu não ia deixar esse “hobby” pra lá. E isso já faz uns dois anos.


P&P - Nome forte do Skate Feminino? 
Nanda – Eu tenho acompanhado alguns nomes, principalmente nacionais, e curto muito o estilo da Yndiara Asp, skatista brasileira das modalidades Bowl e Banks.

P&P – Ainda existe muito preconceito contras as meninas dentro do universo do skate? 
Nanda – Eu não sei explicar, mas ainda rola sim. Tanto com as skatistas locais quanto com as mais famosas. Basta ler comentários e coisas nas redes sociais e fanpages. E também em alguns campeonatos, que sequer tem categoria feminina. Deeve existir alguma razão “logística” pra isso... Sei lá.
 

P&P – O que falta e o que sobra no skate feminino de PE?
Nanda – Faltam campeonatos, best tricks e eventos promovidos pelas marcas e lojas, para as meninas poderem mostrar o que sabem, também sinto falta de ver a presença feminina nos rolês de transição... Sobra gente querendo o seu próprio espaço para crescer e viver de skate, em um cenário bastante desfavorável
 

P&P – Onde o skate vai te levar? 
Nanda – Eu não tenho aspiração por competir, ganhar patrocínios, ou viver disso. O skate já me deu vários amigos, ideias, conversas legais e meu mais recente projeto: O Ornitorrinco Atômico. Eu sempre gostei de trabalhar com vídeo e edição, e unir isso com skate deu uma força pra eu tirar a ideia do papel.



Ewellyn Farias - 19 anos de idade e 3 de skate.
 

 P&P - Quando, onde e como foi seu primeiro contato com skate ?
Ellyn – Meu primeiro contato com o skate foi no quintal da minha casa, quando meu irmão chegou com um skate bem surrado e a gente ficou brincando de “mandar manobra” na época.

 P&P -  Como foi a reação dos seus pais quando lhe viram saindo de casa com o skate?
Ellyn -  Foi meio complicada... Minha família não é a maior fã do esporte e sabem que é de certa forma, perigoso, então ver a filha mais nova deles saindo pra andar de skate no meio da rua, foi um choque.
(Foto: Lysa Florencio)

P&P – O que falta e o que sobra no skate feminino de Caruaru? 
Ellyn – Falta incentivo as meninas para competir e sobra criatividade para improvisar picos novos, caruaru tá bem representado, agora tem bastante menina andando e evoluindo a cada rolê.


P&P - Nome forte do Skate Feminino?
Ellyn – Mari Duran, Lacey Baker e Gabi Mazetto são minhas favoritas.

P&P – Ainda existe muito preconceito contras as meninas dentro do universo do skate? 
Ellyn – Infelizmente existe sim, e onde eu vejo isso ficar bem claro, são nos campeonatos. A galera sempre subestima a gente pelo fato de ser menina e consequentemente não põe uma premiação tão boa quanto à dos meninos.


P&P – Se pudesse mudar algo no skate feminino, o que mudaria?
Ellyn –  Acho que a união entre as meninas que não tá tão forte ainda.
 





Fernanda “Fêêh” – 19 anos de idade e 2 de skate.

  
P&P – Onde começou a andar e porque escolheu a modalidade vertical? 
Fêêh – No Parque Santana, porque é a pista mais próxima da minha casa. E escolhi andar de vertical, por sentir mais facilidade nos quarters e transições, pelo modelo de pista que é o Parque Santana, mas foco no geral, pois quero andar em várias pistas ainda e me divertir em todas ela.

P&P - Como foi à reação dos seus pais quando lhe viram saindo de casa com o skate? 
Fêêh – Não foram muito de me apoiar, mas como eu não parava de andar acabaram se acostumando com a ideia do skate. 
 

P&P – O que falta e o que sobra no skate feminino de PE?  
Fêêh – Falta apoio para categoria feminina, não temos nenhuma atleta com apoio de marcas ou lojas de skate em Recife. Faltam mais eventos e participação de atletas... Sobram garotas querendo aprender a andar de skate, todas as pistas que eu ando sempre encontro alguma garota andando também. Precisamos de mais atenção com o skate feminino.

 P&P - Nome forte do Skate Feminino? 
Fêêh – Karen Jones


P&P – Ainda existe muito preconceito contras as meninas dentro do universo do skate? 
Fêêh – Não comigo, sempre tem pessoas querendo me ajudar nos rolês. 
 

P&P – Onde o skate vai ter levar? 
Fêêh –. Vai me levar longe, trazer amizades e alegria por toda minha vida.
 



Fotos: Patrício King Dub, Henrique HC, Felipe Silveira, Raul Neto, Lysa Florencio, Ellyn Farias

5 comentários:

  1. Parabéns pra minas do skt no dia delas. Fortalecer essa cena!

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  2. Belissima matéria Parabéns pelo seu dia meninas e ao Picos e Pistas pela homenagem

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  3. Parabéns as meninas por tornar o nosso Esqueite mais lindo!!!

    Lau

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  4. Skate feminino muito bem representado. Parabéns a todas meninas/mulheres e skatistas.

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  5. Parabéns a todas as meninas, skate é vida! Então bora viver...

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