P&P - Quando, onde e como foi seu primeiro
contato com skate ?
Lysa - Em 2013, eu e uma amiga pegamos emprestado o skate de
um primo dela, ele não usava muito e deixou o skate com a gente por um tempo,
então começamos a andar aqui no nosso bairro, revezando o mesmo skate e cada
uma andando um pouco.
(Foto: Ellyn Farias)P&P - Como foi a reação dos seus pais quando lhe viram saindo de casa com o skate?
Lysa - No
começo minha mãe não gostou muito da ideia, apesar de ter sido ela quem me
ajudou a comprar o meu primeiro skate. A gente brigou muito para que eu
continuasse a andar, mas com o tempo ela foi ficando de boa e hoje em dia ela
me apoia sempre.
P&P – Ainda existe muito preconceito contras as meninas dentro do
universo do skate?
Lysa – Sempre tem um ou outro que critica o rolê de qualquer menina,
fala que é fraco, que não evolui. Mas, quando eu comecei a andar, recebi mais
apoio do que esse tipo de preconceito, a galera sempre tentava me incentivar e
me ajudar com manobras novas.
P&P - Nome forte do Skate Feminino?
Lysa - Pamela Rosa... Ela tem um
rolê muito forte e mesmo sendo nova, já tá andando muito e correndo com as
minas das antigas nos campeonatos.
P&P - Como está à cena do skate feminino em Caruaru?
Lysa – Está cada vez
crescendo mais, antigamente eram poucas meninas representando o skate feminino
daqui. Mas ultimamente estão aparecendo muitas meninas instigadas, que andam
quase todo dia e que estão se garantindo com um rolê massa.
P&P - Se pudesse mudar algo
no skate feminino daqui do nosso estado, o que mudaria ?
Lysa - Mudaria o modo
como algumas meninas veem os campeonatos, algumas preferem não participar por
medo de passar vergonha, mas todo campeonato é só mais um meio de incentivar
elas a evoluírem, além de mostrar um pouco do rolê delas, por isso, é sempre
bom participar.
Fernanda Landim – 26 anos de idade e mais ou menos três anos de skate.
P&P - Quando, onde e como foi seu primeiro
contato com skate?
Nanda – Eu sempre gostei de ler sobre isso, de ver vídeos e
manobras de todas as modalidades, até por causa das bandas que escutei durante
a minha adolescência, e escuto até hoje. Tive o meu primeiro contato com o
skateboard MESMO há pelo menos três anos, quando comprei um mini-cruiser na
Centauro. Até aí só fazia passeiozinho (cruinsing). Só comecei a andar em
skatepark e aprender manobras depois que comprei o meu skate atual, e saí
trocando peças e experimentando configurações.
P&P - Como
foi a reação dos seus pais quando lhe viram saindo de casa com o skate?
Nanda -
A principio acharam que era besteira, só para passeio mesmo. Até que eu comecei
a acordar cedo, todos os fins de semana e feriados, para ir andar na pista do
Parque Santana, hahaha. Aí eles viram que eu não ia deixar esse “hobby” pra lá.
E isso já faz uns dois anos.
P&P - Nome forte do Skate Feminino?
Nanda – Eu tenho acompanhado alguns
nomes, principalmente nacionais, e curto muito o estilo da Yndiara Asp,
skatista brasileira das modalidades Bowl e Banks.
P&P – Ainda existe muito preconceito contras as meninas dentro do
universo do skate?
Nanda – Eu não sei explicar, mas ainda rola sim. Tanto com as skatistas
locais quanto com as mais famosas. Basta ler comentários e coisas nas redes
sociais e fanpages. E também em alguns campeonatos, que sequer tem categoria
feminina. Deeve existir alguma razão “logística” pra isso... Sei lá.
P&P – O que falta e o que sobra no skate feminino de PE?
Nanda – Faltam campeonatos, best tricks e eventos promovidos pelas
marcas e lojas, para as meninas poderem mostrar o que sabem, também sinto falta
de ver a presença feminina nos rolês de transição... Sobra gente querendo o seu
próprio espaço para crescer e viver de skate, em um cenário bastante
desfavorável
P&P – Onde o skate vai te levar?
Nanda – Eu não tenho aspiração por
competir, ganhar patrocínios, ou viver disso. O skate já me deu vários amigos,
ideias, conversas legais e meu mais recente projeto: O Ornitorrinco Atômico. Eu
sempre gostei de trabalhar com vídeo e edição, e unir isso com skate deu uma
força pra eu tirar a ideia do papel.
Ewellyn Farias - 19 anos de idade e 3 de skate.
P&P - Quando, onde e como foi seu primeiro
contato com skate ?
Ellyn – Meu primeiro
contato com o skate foi no quintal da minha casa, quando meu irmão chegou com
um skate bem surrado e a gente ficou brincando de “mandar manobra” na época.
P&P - Como
foi a reação dos seus pais quando lhe viram saindo de casa com o skate?
Ellyn
- Foi meio complicada... Minha família
não é a maior fã do esporte e sabem que é de certa forma, perigoso, então ver a
filha mais nova deles saindo pra andar de skate no meio da rua, foi um choque.
(Foto: Lysa Florencio)
P&P – O que falta e o que sobra no skate feminino de Caruaru?
Ellyn – Falta incentivo as meninas para competir e sobra criatividade
para improvisar picos novos, caruaru tá bem representado, agora tem bastante
menina andando e evoluindo a cada rolê.
P&P - Nome forte do Skate Feminino?
Ellyn – Mari Duran, Lacey Baker e Gabi Mazetto são minhas favoritas.
P&P – Ainda existe muito preconceito contras as meninas dentro do
universo do skate?
Ellyn – Infelizmente existe sim, e onde eu vejo isso ficar
bem claro, são nos campeonatos. A galera sempre subestima a gente pelo fato de
ser menina e consequentemente não põe uma premiação tão boa quanto à dos
meninos.
P&P – Se pudesse mudar algo no skate feminino, o que mudaria?
Ellyn – Acho que a união entre as
meninas que não tá tão forte ainda.
P&P – Onde começou a andar e porque escolheu
a modalidade vertical?
Fêêh – No Parque Santana, porque é a pista mais próxima da minha casa. E
escolhi andar de vertical, por sentir mais facilidade nos quarters e
transições, pelo modelo de pista que é o Parque Santana, mas foco no geral,
pois quero andar em várias pistas ainda e me divertir em todas ela.
P&P - Como foi à
reação dos seus pais quando lhe viram saindo de casa com o skate?
Fêêh – Não foram muito de me apoiar,
mas como eu não parava de andar acabaram se acostumando com a ideia do
skate.
P&P – O que falta e o que sobra no skate feminino de PE?
Fêêh –
Falta apoio para categoria feminina, não temos nenhuma atleta com apoio de
marcas ou lojas de skate em Recife. Faltam mais eventos e participação de
atletas... Sobram garotas querendo aprender a andar de skate, todas as pistas
que eu ando sempre encontro alguma garota andando também. Precisamos de mais
atenção com o skate feminino.
P&P - Nome forte do Skate Feminino?
Fêêh – Karen Jones
P&P – Ainda existe muito preconceito contras as meninas dentro do
universo do skate?
Fêêh – Não comigo, sempre tem pessoas querendo me ajudar nos rolês.
P&P – Onde o skate vai ter levar?
Fêêh –. Vai me levar longe, trazer
amizades e alegria por toda minha vida.
Fotos: Patrício King Dub, Henrique HC, Felipe Silveira, Raul Neto, Lysa Florencio, Ellyn Farias
Parabéns pra minas do skt no dia delas. Fortalecer essa cena!
ResponderExcluirBelissima matéria Parabéns pelo seu dia meninas e ao Picos e Pistas pela homenagem
ResponderExcluirParabéns as meninas por tornar o nosso Esqueite mais lindo!!!
ResponderExcluirLau
Skate feminino muito bem representado. Parabéns a todas meninas/mulheres e skatistas.
ResponderExcluirParabéns a todas as meninas, skate é vida! Então bora viver...
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