O
Picos e Pistas se rende em gratidão a João Neto pela personalidade e
significante contribuição, mesmo sem alarde, ao Esqueite pernambucano. Não só
brilhou por ter um Esqueite vanguardista e lúcido, mas também pelas boas ações,
vejamos: ele foi proprietário de marca (SEXY SKATEBOARDS), patrocinador de
atletas, dono de skatepark (Finalmente skatepark), ajudou a muitos sem
distinção, promoveu singulares viagens para campeonatos dentro e fora do
Estado. Isso tudo movido pelo amor devotado ao “Carrinho”. Para além do
Esqueite, João Neto se enveredou pela música (foi vocalista da banda The
Playboys), pelo jornalismo, pela filosofia (onde se tornou Doutor pela USP),
educação (professor da UNICAP), idealizador e realizador do Rock na Tamarineira
(festival de música realizado no hospital psiquiátrico da Tamarineira), entre
outros seguimentos, tudo realizado com autoridade. Sem mais delongas, para
vocês João Evangelista Neto:
Há filosofia no Esqueite,
João, parafraseando o artista: é possível filosofar em esqueitês ?
JN- É possível filosofar
sobre tudo! Pensar filosoficamente sobre tudo. Eu vou te falar uma coisa muito
curiosa. De certa forma, o skate me estimulou para reflexão filosófica. Eu
venho de uma classe média bem tradicional e você sabe que a classe média
brasileira vive num mundinho muito fechado. O skate me fez ir pras ruas,
levou-me a relacionar-me com pessoas de outras classes sócias etc. Com o skate
eu tive contato com uma realidade que, provavelmente, eu não vivenciaria se eu
não andasse de skate. Se eu não tivesse passado pelo skate, é bem provável que
eu tivesse ficado muito restrito aos preconceitos da classe média e, por isso,
tivesse a cabeça muito fechada à reflexão. Além disso, andar de skate te obriga
a ver o mundo de uma maneira diferente. O street
te obriga a olhar as coisas a partir de outra perspectiva, a reinterpretar o
mundo. O olhar do skatista sobre o urbano é totalmente diferente das pessoas
comuns. O skatista, a todo o momento, dá um novo significado à paisagem da
cidade. Um banco de praça, por exemplo, deixa de ser um simples banco de praça
e se transforma num obstáculo aberto para uma infinidade de manobras. O
corrimão, no mesmo sentido, ganha outro significado completamente diferente do
usual. O skatista cria e vive em "outra cidade", quer dizer, ele
reinterpreta o urbano de uma maneira completamente diferente. É um exercício de
criatividade. Isso, sem dúvida alguma, é um estimulo à filosofia e também à
arte.
Como o Esqueite
chegou até você?
JN- O
skate chegou a mim no final dos anos oitenta. Foi uma época em que o skate
estava muito na moda. Era um momento parecido com o que ocorre hoje em dia com
essa popularidade dos longboards e
dos skates retrôs. Todo mundo tinha
skate. Era bacana ter um skate. Eu, entretanto, fiquei meio de fora. Não tinha
skate. Queria muito um skate, mas minha família não estava de acordo. Achava
perigoso etc. Nessa época, eu tinha entre 13 e 14 anos e morava do lado da
Drops (loja) em Boa Viagem, onde tinha um half pipe muito maluco. Era de
madeira e fibra de vidro. Eu ia prá lá e ficava vendo os caras andando
(Lobinho, Lobão, já andava nesse half). Ficava sonhando em ter um skate e fazia
manobras imaginárias sem skate. Ficava pulando a mesa de centro da casa da
minha avó, fingindo que estava dando uns boneless.
Cheguei a quebrar um jarro fazendo um invert
com um skate imaginário. Minha avó não conseguia entender aquelas macaquices e dizia
que eu estava com o diabo no couro. Era muita energia necessitando ser
liberada. Minha vontade de andar de skate era tão grande que alguma força
oculta fez como que eu fosse sorteado num concurso do Nescau. Ganhei um
vale-brinde de um bodyboard e troquei
por um skate. Meu primeiro skate foi, portanto, uma espécie de autopatrocínio
do acaso. Foi um negócio meio fatalista. Com esse skate, comecei a andar no
Pina, no Rodão. Cresci andando de skate lá no Pina. Na época, as minhas
referências eram Benone e Negão que já andavam bem.
Quais foram suas
influências no “Carrinho que Vicia”?
JN- Como disse, as primeira
influências foram os caras do Pina que andavam no Rodão no final dos anos 80. Além
de Benone e Negão, havia Marcelo Galego que morava em Brasília Teimosa. Marcelo
foi o primeiro cara que eu vi batendo um ollie. Acho que, hoje, ele está trabalhando
com tatuagem. Depois, minhas referências passaram a ser a galera do Ibura. Lembro-me
de Lula, Caverna, Micróbio e Lobinho que andavam na mini-ramp de Boa Viagem. Mais
tarde, quando eu ia andar escondido da família nos Correios da Avenida
Guararapes, vi Marcelo Agra. Quanto aos gringos, a principal influência foi Frankie
Hill que aparecia no vídeo Eight
pulando umas escadas gigantes e se jogando em corrimãos enormes. Eu ficava
imitando o melon dele. Me transformei
numa espécie de especialista dessa manobra.
Você se sagrou campeão em
João Pessoa. Qual o ano e como se sucedeu?
JN- Foi no início de 95. Na
verdade, foi uma etapa do circuito nordestino amador. Eram apenas duas
categorias, iniciante e amador. Eu tinha uns 18 anos e corria de amador. Nunca
tinha ganhado um campeonato, neste dia eu ganhei, foi massa. Tinha gente boa
participando. Uns caras que, depois, se tornaram profissionais, Batman e
Formiga, por exemplo. Estava inspirado naquele dia, não errava nenhuma manobra.
Fiz uma linha toda de flips e não errava, não sei que porra era. Flip switch,
de back, de front, to fakie. Lembro que desci um palco de um metro em meio
também de flip. Coisa que era bem difícil para aquela época. Na verdade, ganhei
poucos campeonatos, mas esse marcou. Acho que foi uma das primeiras vezes que
um pernambucano ganhava uma etapa do nordestino. Acho que foi a segunda vez na
história. Se eu não me engano, Adriano Caldas já tinha ganhado uma etapa em
Aracajú antes de mim.
Qual o momento em que João
viveu o Esqueite com mais intensidade?
JN- Foi nos meados dos anos noventa.
Eu andava direto, todos os dias. Tentava dar as manobras mais novas. Estava com
um bom nível. Na época, passou pela cabeça passar pra profissional. Hoje, vejo
que eu tinha muita dedicação e algum talento, mas não o talento necessário para
me tornar profissional. Na realidade, faltava algo mais. Além disso, também faltavam
outras coisas: pistas, mais apoio etc. Era muito improviso. A maioria dos skatistas
da minha geração chegava perto, mas não conseguia passar para profissional.
Além da falta de condições materiais, havia muita irresponsabilidade e
inocência. A gente torcia o pé, melhorava um pouquinho e tome skate pra cima.
Não tinha ninguém pra nos orientar. Olhando para trás e pensando melhor, acho
que poderíamos ter ido mais longe se as coisas tivessem sido mais favoráveis.
De qualquer maneira, acho que a gente desbravou muita coisa. Eu sei que hoje
ainda há problemas, mas, antigamente, as coisas eram muito mais difíceis. Não
havia pistas, os patrocínios eram escassos e a sociedade era muito mais
preconceituosa em relação ao skatista.
Administração, economia,
relações públicas, jornalismo, filosofia ou esqueiteologia?
JN- Filosofia e Skateologia!
Meu primeiro curso foi administração na UFPE. Eu entrei pra ninguém encher o
meu saco. Queria era andar de skate. No colégio, nunca reprovava para não me
cortarem o skate. Passei no vestibular pelas mesmas razões. A escolha do curso
foi administração. Teria de ser um curso aceito pela "nossa" classe
média e que eu conseguisse passar. Quando entrei, nem frequentava direito. Não
cheguei a me formar. Depois de uma longa jornada (também cursei economia por um
tempo), mudei de curso e me formei em jornalismo. Cheguei também a atuar na
profissão. Trabalhei na Tv Tribuna e no Jornal do Comércio. Mas foi só em
Filosofia que estudei com afinco, pois filosofia foi minha terceira paixão
(depois do skate e do rock). Na minha época, eu era o maior CDF do curso de
filosofia da UFPE. Tirava as melhores notas. Depois de me formar, veio o
mestrado e o doutorado também em filosofia. Moral da história: 1) encontre uma
coisa que te dê paixão e se dedique; 2) estude, pois, com disciplina, é
possível conciliar skate e estudo.
Vocalista e principal
compositor da The Playboy, jornalista, filósofo, conferencista e professor,
criador do Rock na Tamarineira. O Esqueite contribuiu para essa distinta
formação?
JN- Contribuiu bastante. Sobretudo
para a música. Meu gosto musical estava muito atrelado ao skate. Escutava muito
Punk rock, Hardcore e RAP. Depois vieram as outras correntes do rock, assim como
a própria MPB. Mas foi, sobretudo, o Punk que me levou a formar uma banda de
rock. Aquela ideia fundamental do Punk, o "faça você mesmo", me
autorizou a cantar mesmo sem saber cantar. Além disso, posso dizer que a musica
que me veio pelo skate ajudou a abrir minha cabeça. Se não fosse ela eu seria,
provavelmente, dominado pelos padrões da classe média. Minha visão de mundo passou
a ser mais crítica. Passei a questionar os padrões sociais, as normas etc. Quanto
a minha experiência na sala de aula na Unicap, passei por algumas situações
engraçadas. Tive um aluno skatista, Bruno. Os nossos diálogos eram muito
surreais. Ele me chama de "senhor" (por mais que eu diga pra não me
chamar). Me perguntava, por exemplo: "o senhor dava kickflip"? É um
negocio muito doido.
E o rock na
Tamarineira?
JN - Para quem não conhece,
o Rock na Tamarineira é um festival que realizo com a The Playboys no hospital
psiquiátrico Ulisses Pernambucano, a Tamarineira. Na verdade, outro elemento
importante de minha vivência me levou a idealizar o festival. Eu convivo com um
parente muito próximo que sofre de esquizofrenia. Essa vivência me levou a
tentar mostrar para sociedade que o portador de distúrbio psiquiátrico não é
inútil e nem, necessariamente, perigoso. A ideia do festival era quebrar os
preconceitos acerca da loucura. Eu queria levar a galera de fora do hospital,
os "normais", para dentro do hospital psiquiátrico e pretendia, com
isso, promover uma interação entre eles e os pacientes. A intenção era
desmitificar o estigma do "louco". Eu sempre digo que o Rock na
Tamarineira é muito mais pra tratar a galera de fora do hospital do que a
galera de dentro. Eu realizo este festival desde 2002. No momento, está meio difícil
para fazer uma nova edição, mas, mesmo assim, talvez aconteça um no final do
ano. Acho que o Rock na tamarineira, além do papel social, também tem uma
importância cultural, pois a gente abriu espaço para muita banda que não tinha
onde tocar. Inclusive, a própria The Playboys.
A Finalmente Skatepark e a
loja Sexy Skateboard foram suas crias, soma-se a isso suas ações filantrópicas.
Por que trabalhar em prol do Esqueite?
JN- Hoje eu tenho dúvida em relação a
essas empreitadas. Talvez os negócios teriam dado mais certo se houvesse uma
melhor administração. Penso que faltou mais seriedade. Foi muito romantismo.
Acho que a pista e a loja teriam tido uma vida mais longa, se a gente tivesse
sido mais profissional. De qualquer maneira, eu acho que valeu muito à pena. Organizei
alguns campeonatos, patrocinei uma galera. Penso que dei alguma coisa ao skate.
Eu olhava a galera começando e me enxergava. É um negócio que Raul Seixas
explica com aquela frase: “o meu egoísmo é tão egoísta que o auge do meu
egoísmo é querer ajudar”. Na verdade, não sei se eu era tão bonzinho como você
está dizendo.
Logo cedo você começou a
viajar para campeonatos de Esqueite, cidades, outros estados e até na gringa.
Conte-nos uma estória que lhe marcou nessa longa caminhada?
JN- Houve um campeonato que eu
corri na Califórnia. Não fui bem e tal, mas foi muito divertido. A pista era de
madeira e ficava em uma escola de nome Balboa High School. Era um campeonato
amador que teve a demo de Frank Hirata. Fiz uma volta razoável, mas não passei
pra final. Na verdade eu "comi a corda" do locutor que aos berros
dizia: "Jonh Nero"(sic) from Brazil e pá, pá e pá. Porra, fui pular
um negócio lá, levei uma vaca no meio da linha. O cara que se deu bem foi Tony
Cox. Acho que, hoje, ele é profissional. Não é? Ele dava uns flips melons num fun box, no mesmo lugar que eu estava dando flip indy, só que ele acertava sempre e acertou na linha (risos).
Discussão entre você e Capacete:
a essência do Esqueite. A “Tábua Com Rodas” tem essência?
JN-Porra! Isso é uma questão filosófica mesmo! Tu
vai colocar isso mesmo na entrevista? Na verdade, acho, que não só o skate, mas
que em nada existe essência. Aliás, penso que a essência não é uma categoria
metafísica, mas, se é que ainda podemos falar em essência, teríamos de pensá-la
como uma categoria histórica. Com o skate não é diferente. Ele não tem uma
essência fixa, finita e determinada. O skate se reinventa sempre. Inclusive, é
por não ter essência que o skate se mantém vivo. A geração atual, de alguma
forma, negou os valores da geração anterior. As manobras são outras, as roupas
são outras, a atitude é outra. Enfim, ao quebrar os padrões do próprio skate, o
skate se reinventa a cada momento. É por isso que eu não acho legal, por
exemplo, a galera mais antiga falar mal da expressão da galera mais nova. Tu vai
mesmo colocar isso na entrevista? Vai parecer um texto de filosofia!
Como amadureceu a idéia de
se torna profissional do Esqueite, mesmo para correr apenas um campeonato?
JN- Essa história foi um
pouco traumatizante, Velho. Foi um campeonato profissional que iria rolar em
Porto de Galinhas em 2003, mas que não aconteceu por conta da chuva. Até hoje,
eu sou meio arretado com essa história. Eu me decepcionei um pouco. Já que não
deu para fazer uma carreira profissional, pensei em participar desse campeonato
profissional para me despedir das competições. Queira fazer o meu último
campeonato como profissional. Passei um mês treinando na pista de Porto de
Galinhas e, no dia... não houve. Choveu e cancelaram. Foi uma pequena decepção que
eu tive na vida, porém, passou. Isso, na verdade, é besteira. Na época, em nem
estava na minha melhor fase no skate. Eu andei melhor no meio da década de
1990.
Comente a atualidade do
esqueite?
JN- Rapaz, eu não sou a
pessoa mais indicada para falar do skate de hoje em dia. Não estou totalmente
afastado, mas não estou atualizado. Contudo, a impressão que eu tenho é a
seguinte: o skate voltou à moda. Estamos no parque da Jaqueira. Passei ali e vi
uma porrada de meninos classe média alta com skate. Muita gente andando de longboard. Então, me parece que o skate
está muito mais popular agora. Eu, particularmente, vejo isso como uma moda.
Claro que quem gosta vai continuar. Mas depois que o longboard e o skate retrô
saírem da moda, a maioria da galera vai passar, por exemplo, ao ioiô, ou algo
parecido. Contudo, a cada onda dessas, o skate vai, bem ou mal, se fortalecendo.
Alguém sempre fica, seja no long, no street etc. Aqui no Recife, sei que atualmente
há umas novas lojas, a Hell e a Click, que são engajadas. Tem a marca Sugestive que também está empenhada. Apoiam
e patrocinam o skate. Isso é importantíssimo. Também é importante que a galera
só compre marcas e em lojas que apoiem o esporte. Na minha época, era a Curinga
Skate Rock. Aproveito, aqui, para agradecer a Marlio e Tânia. Quanto ao nível
da galera, vi uns vídeos na internet e achei que tá muito alto. É
impressionante ver essa galera nova andando. Tem manobra que eu pensava que só
seria possível no video game. A galera entra em corrimão com manobras de flip o
tempo todo.
Agora, para encerrar, dê um
ollie de liberdade pra nós.
JN- O Skate, durante muito tempo, foi a
razão da minha vida. Hoje ando muito pouco, mas ainda penso muito como
skatista. Minha visão de mundo ainda tem muito de skate. Ainda sou skatista e
serei skatista até morrer, mesmo quando eu não andar mais de skate. Por fim, agradeço
a essa turma toda que andou comigo. Lau, Capacete, Saulo, Henrique (em memória),
Marconi. Não vou lembrar de todo mundo. Cabeção de Aldeia, Maury do freestyle, Neném,
Antônio Baiano, Magui, Jubileu, Mazinho, Felipe Cabeludo, Dinho, Tonico e
Roberto, o pessoal do Ibura, que já citei. O pessoal de Casa Forte/Casa Amarela
(Cegueta, Ricardinho, Anderson Negão, Guga, Henrique HC...), Patrício,
obviamente. Lobinho, Marcelo Agra, Adriano Caldas, Og de Sousa. O pessoal do
Rodão do Pina. Guila o "Grande Búfalo Branco", é claro. Porra, eu vou
esquecer de alguém. Essa turma toda foi muito importante na minha vida.
Circuito Nordestino Amador 1995 "Fiz uma linha toda de flips e não errava, não
sei que porra era. Flip switch, de back, de front, to fakie. Lembro que desci
um palco de um metro em meio também de flip. "
Finalmente Skatepark 1997 "Foi muito romantismo. Acho que a pista e a loja teriam
tido uma vida mais longa, se a gente tivesse sido mais profissional."
Sequência de Big Flip - 1997
Ollie Melon - Campeonato em Maranguape/Paulista 1998
Frontside Flip no Campeonato realizado por Patrício na Praça Nova Euterpe em Caruaru nos anos 90
Smith Grind e Backside Rockslide na antiga pista de Cuscuz no Clube Português 1999
"O Rock na Tamarineira é um festival que realizo
com a The Playboys no hospital psiquiátrico Ulisses Pernambucano, a Tamarineira" - Foto publicada no Jornal Folha de Pernambuco em Agosto de 2005
Wallride Feeble Grind 1999
Melon na Mini-ramp de Boa Viagem 2001
Junto com os amigos Baiano e Neném em BV
Flip despencando do palco do Núcleo de Esportes da UFPE - 2000
Flip Indy e Frontside Melon - 1999
Backside Wallride - 2000
"Também é importante que a galera só compre
marcas e em lojas que apoiem o esporte. Na minha época, era a Curinga Skate
Rock. Aproveito, aqui, para agradecer a Marlio e Tânia."
Estampando a foto do Cartaz do 3º Pop Skate Rock em 1999
Noseslide e Rcckslide na Estação...2000
Antiga Sexy Skateshop, junto com os amigos Nuno, Sidarta e Magui, que também era patrocinado e funcionário da loja.
Marca Sexy Skateboards e suas polemicas artes.
"Ficava sonhando em ter um skate e fazia manobras
imaginárias sem skate. Ficava pulando a mesa de centro da casa da minha avó,
fingindo que estava dando uns boneless.
Cheguei a quebrar um jarro fazendo um invert
com um skate imaginário. Minha avó não conseguia entender aquelas macaquices e dizia
que eu estava com o diabo no couro"
Ollie na Universidade Federal de Pernambuco em 2000
" skatista cria e vive em "outra
cidade", quer dizer, ele reinterpreta o urbano de uma maneira
completamente diferente. "...Backside Rockslide na UFPE em 2000.
Big Ollie para passar sem transição o cavalete do Campeonato de Surubim.
Em Porto de Galinhas junto com os amigos Jubileu, Guila, Cegueta e um jovem discípulo. 2003
"Queira fazer o meu último campeonato como
profissional. Passei um mês treinando na pista de Porto de Galinhas e, no
dia... não houve. Choveu e cancelaram"... Fs Flip no Skateaprk de Porto de Galinhas em 2003
"Ainda sou skatista e serei skatista até morrer, mesmo
quando eu não andar mais de skate"... Pressure Flip em sequencia capturada pelo amigo de longa data Patrício no Skatepark da Macaxeira (2014)"